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sábado, 22 de janeiro de 2011

Falando sério...

Algumas pessoas me perguntaram, por que não comentei nada sobre os desastres causados pela chuva no sudeste desse país chamado Brasil. Se a água "está no meu quintal" por que não pronuncio uma palavra, por que finjo que nada está acontecendo, preferindo somente abordar temas corriqueiros do meu dia-a-dia...! Pelo simples fato que eu não ligo!

Sim, você leu direito! Eu não ligo! Parece egoísmo, perversidade..., pode até ser! Mas vou explicar o meu ponto! Possivelmente você discorda de mim e deve estar me repudiando e provavelmente enojado com a minha superficialidade. De fato caro colega, superficial é a sua visão de conceito de tragédia! Dúvida? Quer apostar? Vamos conversar sério então, puxa uma cadeira e eu te sirvo um chá:

Vejamos, o Brasil é um país imenso e maravilhoso, antigamente, referia que era um país que não existe terremotos, furações, isso aprendemos com a professora gordinha de geografia lá na quarta série..., se lembra? Os tempos estão mudados e sabemos disso.


Sabemos que os tempos estão mudados e sofremos a conseqüência dessa mudança, mudança por sua parte, causada pela raça humana, que destrói a casa aonde vive, a única raça capaz de planejar arquitetonicamente formas de causar suicídio em massa! Causar suicídio em massa, sim! Pode continuar discordando de mim, mas me diga uma coisa..., quantas descargas você deu no seu banheiro hoje? Quantos minutos você usou energia elétrica sem realmente precisar? As sacolas do seu supermercado são de plástico? Andou de carro hoje? Ahhh você foi ecológico..., foi de ônibus..., e por que você não usa a bendita bicicleta???? Está vendo? Todos contribuímos para a nossa destruição!


Digo "nossa" destruição, por que não adianta ficar clamando aos quatro ventos dizendo que o planeta está acabando por nossa culpa! O planeta está sim mudando, porém, que irão ter fim somos nós! As conseqüências podemos constar na televisão, na internet, nos jornais, em todos os lugares, principalmente como o assunto principal das rodinhas de amigos. Se o tempo está revolto ele logo se acalma, e com ele leva vitimas da (falta de) urbanização; se chove, o rio toma o lugar que é seu por direito e com ele arrasta carros, pessoas, animais, vidas, histórias de vidas, toda uma geração é eliminada nos núcleos familiares.

É retirado o direito do humano de ser humano, é imposto ao individuo enterrar seus parentes sem suas devidas cerimônias, e se sentir feliz em poder enterrar o ente certo, ao invés de procurá-lo em baú frigoríficos, aonde ontem levava carnes de um matadouro para um churrasco entre famílias, hoje é o local aonde alguém procura um tio, pai, uma mãe, um irmão...

Vi pessoas na água, vi famílias na água, enxerguei meus próprios pés debaixo de água, rezando para que o pesadelo acabasse logo, que a água levasse o que ela achasse que é dela..., tomar o que é seu, levar o que lhe pertence...

Com isso, posso responsabilizar as próprias pessoas que sofreram danos e perdas na enchente, novamente você me repudia, deve estar me achando uma pessoa amargurada e que não estou calculando bem o que estou falando pelos traumas vividos. Engana-se! Sei muito bem do estou falando, os culpados somos nós, mas dessa vez te poupo das frases ecológicas e outra Green, a culpa é nossa não por que habitamos morros de difícil acesso, ou por que moramos em casas em beira córregos, ou por que moramos em centros urbanos com pouca irrigação pluvial, não somente por que não reciclamos o nosso lixo, mas sim por nossa opção de escolher!

Escolher em quem vai comandar esse barco que está afundando, pois passa ano e sai ano, entre e sai de políticos que só pensam em si próprios, no próprio enriquecimento, esquece-se das classes menos afortunadas que vivem empilhada em morros esperando a morte chegar, esperando o córrego fétido varrer tudo o que conseguiu comprar com o suor de seu rosto, escolher bem! Escolha direito! O voto é um dos bens mais importantes que o brasileiros tem na mão e ele desperdiça com sujeitos pouco alfabetizados e de ego supra-inflado, em figurinhas repetidas que sempre fazendo o menos de sempre, ou seja, NADA! Sujeitos que garante que pior do que já está não pode ficar! Pode sim, meu amigo pode sim! Pode me explicar por raios, as chuvas de Austrália é pior do que a nossa e fez menos vitimas? Não precisa me falar, na realidade eu já suspeito, você vai querer me dizer que as pessoas do continente da Oceania, são mais preparados, nós como sulamericanos somos diferentes, etc, coisa e tals, mas eu te respondo conforme o meu ponto de vista, a diferença entre um e outro é que lá as estruturas são mais preparadas do que aqui, por que lá teve política suficiente para saber que desastres naturais ocorrem e se importaram com a população, o Brasil, embora amado por mim, tem vários problemas por achar que é realmente o “único amado por Deus e bonito por natureza”, os tempos mudaram e as estruturas não mudaram, os políticos não pensaram em melhorias e na realidade nem estão, só querem falar e talvez fazer um pouquinho disso ou pouquinho daqui, para daqui a quatro anos estufar e bater no peito dizendo que nunca nesse país houve um governo melhor.
Ah! Poupem-me, vai!

Então, depois desse longo discurso, vou explicar por vez por que não me importo: O carvanal está chegando, o BBB está bombando, logo todo mundo vai esquecer de toda essa tragédia, as únicas a lembrar serão os entes das vitimas sofridas no nosso sudeste querido. Infelizmente é assim, assim caminhamos para um futuro incerto, em passos imaturos de uma criança mimada que pensa que tudo é graça tudo é brinquedo! Nada é importante durante muito tempo, e no final, tudo se repetirá no ano que vem, como uma "reprise infeliz" isso ocorrerá novamente, pois as medidas que dizem que serão realizadas acabaram junto com o carnaval, nada será feito e a população não irá cobrar nada, pois afinal de contas nem se lembra em quem votou...

Viva a Baco, viva ao Planeta Arena, pois nesse picadeiro que é o nosso país, infelizmente os palhaços somos nós!

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