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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Filme comentado "Coisas que perdemos no caminho"

Hoje decidi colocar uma resenha de um filme que assisti e gosto! Eu tinha feito essa resenha com mérito de cumprir horas atividades, e achei que ficou legal. Então o que colocarei aqui é um "recorta e cola" do material que fiz o ano passado!


COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO


TÍTULO ORIGINAL: Things We Lost in the Fire
GÊNERO: Drama
DURAÇÃO: 01h 59min
ANO DE LANÇAMENTO: 2007
ESTÚDIO: DreamWorks SKG / Neal Street Productions
DISTRIBUIDORA: Paramount Pictures / UIP
DIREÇÃO: Susanne Bier
PRODUÇÃO: Sam Mendes e Sam Mercer

      
ATORES PRINCIPAIS:
Halle Berry (Audrey Burke)
Benicio Del Toro (Jerry Sunborne)
David Duchovny (Brian Burke)
Alexis Llewellyn (Harper Burke)
Micah Berry (Dory Burke)
John Carroll Lynch (Howard Glassman)


SINOPSE: Audrey Burke (Halle Berry) está em choque com a notícia que acaba de receber: Brian (David Duchovny), seu marido, foi morto em um ato de violência o qual ele não tinha qualquer ligação. Audrey agora se sente perdida e, por impulso, recorre a Jerry Sunborne (Benicio Del Toro), um amigo de infância do marido que é viciado em drogas. Desesperada para preencher o vazio em sua vida que existe desde a morte de Brian, Audrey convida Jerry para morar no quarto anexo à garagem da família. Jerry atualmente está lutando para evitar as drogas e vê nesta oportunidade, a chance de se recuperar de vez, já que passa a agir como se fosse o substituto de Brian na vida de Audrey e seus filhos.


RESENHA: Dependência. É essa a palavra mais percebida que podemos observar em diversos personagens da película. Nesse filme, podemos perceber o teor emocional dos personagens, em sua vez, após a morte do marido, Brian Burke (David Duchovny), Audrey Burke (Halle Berry) se depara com uma casa para cuidar com crianças para criar sozinha.
A dependência Audrey ao marido podemos perceber que se revela  emocionalmente e psicologicamente, podemos constar esse fato durante todo o trajeto do filme, como na cena com o personagem Jerry Sunborne (Benicio Del Toro) qual ela leva para sua cama no intento de tentar dormir, pois a personagem em questão pede ao personagem masculino realizar os mesmos carinhos do seu falecido marido, alegando que ao contrario não conseguiria dormir; demonstrando sinais de carência e a tentativa de substituir a ausência do marido (talvez inconscientemente) por Jerry.
Na realidade podemos perceber que os filhos do casal também têm algum nível de dependência emocional na qual depositam no personagem de Jerry, todas as suas esperanças de ter novamente uma família completa, podemos observar nas cenas finais quando a filha mais velha Harper (Alexis Llewellyn) fala a Jerry que ele não poderia simular ser seu pai e simplesmente ir embora.
A relação de dependência dentro do filme se expande a todos os personagens até mesmo os personagens terciários também seguem a tendência de ser um apego (até mesmo nocivo) exagerado, seguindo exemplo disso o vizinho, Howard Glassman (John Carroll Lynch) que tem uma relação afetiva fraca com sua esposa (Patricia Harras) e até mesmo em partes do filme demonstra o desgosto e ódio por aquele casamento, o personagem se separa de sua esposa, mas devido a dependência emocional, no final do filme ele retoma o casamento.
E entre os personagens que mais chamam a atenção em relação ao tema que demos ao inicio, o de maior interesse a analisarmos é o dependente químico, Jerry, interpretado pelo ator Benicio Del Toro, cujo personagem tem drogadicção a heroína (narcótico), Audrey o chama por impulso a morar na sua casa (baseado no choque inicial da perda de seu marido). A relação entre os dois torna-se complexa, pois ao mesmo tempo percebemos uma atração de um personagem pelo outro, ao mesmo tempo percebemos que a imagem do falecido sempre volta a torna entre os dois personagens, lembrando a Audrey, o motivo no qual ela o trouxe para morar com eles (fato do marido sempre ter ajudado Jerry, por impulso a melhor forma que a personagem pensou que poderia ajudá-lo era o abrigando em sua casa) e quanto a Jerry, talvez tivesse receios de se relacionar com Audrey devido ao respeito pelo amigo de infância que sempre o ajudou quando precisava, levando o personagem em questão a um conflito interno. O apego de Jerry pela família também existe e podemos constar isso no trecho quais ele declara que tem dois filhos, um de 6 anos e outro de 10 anos (compatível aos filhos de Audrey) e também na cena qual ele volta a utilizar narcóticos devido ao seu desligamento da família. A relação dos dois personagens é tão intensa e ao mesmo tempo longínqua que temos a sensação estranha que o filme ainda não teria fim no qual ocorre, como se esperássemos algo a mais.
Embora essa relação entre a família de Audrey com Jerry possa parecer ser problemática e prejudicial, é o contrario que acontece, pois se complementam cada qual com seu problema, restabelecem suas vidas e ganham força para seguir a diante cada qual no seu caminho, superando o processo arduoso do luto.

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