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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Música Comentada: Flores

Olá, gente boa!!! Nessa semana, decidi colocar uma música que gosto muito tempo, a visão que tenho dela é meio sinistro (hehe), mas acho que combina bem. Antes analisarmos a música posso fazer propaganda da comunidade qual sou moderadora?? É o Discutindo... Literatura, o link é: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=3888404 Lá, discutimos (de forma saudável, claro) obras diversas, aonde os participantes podem criar tópicos sobre os seus livros e discuti-los com as pessoas que já o leram.

Agora sim, a nossa letra da semana. Vamos ver?


FLORES - TITÃS

Adoro cerejeiras....


Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho
O fato de o personagem olhar-se no espelho pode indicar uma analise da sua introspecção, ou seja introspectivo indica a depressão do personagem, “olhei até ficar cansado”, cansou-se da situação na qual se encontrava; “cansado de ver os meus olhos no espelho”, dizem que os olhos são os espelhos da alma, ver-se por dentro, nos dá aquela visão introspectiva da qual fala.

Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Talvez essa parte deva falar do seu “eu” interior do qual as pessoas conhecia e se orgulhavam. Mais para frente terá um parágrafo que indica essa teoria. Ou então por terem gastado flores vivas, por um ser morto, se lembram da frase "gastar vela boa com bom defundo?" então...
Os punhos e os pulsos cortados e o resto do meu corpo inteiro
Esse texto pode indicar duas coisas, ou ele era um mutilador (ou seja, a pessoa compulsiva em realizar cortes na própria pele, comum em adolescentes) ou então (minha tese favorita), indica a sua morte interna na frase “e o resto do meu corpo inteiro”. Ele se suicida: “Os punhos e pulsos cortados”, pode ser devido a depressão inicial que já vimos. Seus punhos e pulsos estão cortados fisicamente e o resto do seu corpo inteiro, também está ferido, ou sem vida, mas interiormente, pode ser devido a depressão que o toma.

Há flores cobrindo o telhado e embaixo do meu travesseiro
Nessa parte, creio que as flores não seriam simbólicas, mas flores reais, flores fúnebres, que enfeitam o seu caixão.

Há flores por todos os lados, há flores em tudo que eu vejo
Segue o cenário aonde o personagem se encontra no seu velório.

A dor vai curar essas lástimas. O soro tem gosto de lágrimas
Talvez aqui o personagem esteja sendo hospitalizado. “A dor vai curar essas lástimas”, a dor que ele passou ao tentar tirar a sua vida, vai curá-lo das lastimas da vida, da depressão pelo qual vivia, só fico imaginando o que o levou a depressão... “O soro tem gosto de lagrimas”, imagino que seja a hospitalização, mas o “gosto” ou será metafórica ou então uma sensação degustativa.

As flores têm cheiro de morte!
A ênfase de flores tem cheirarem a morte, pode ser o cheiro que as mesmas exalam na sua última morada. Mas na verdade creio que essas flores dessa frase deva ser de caráter metafórico. Embora li em um site, não me lembro bem, mas gravei o nome da pessoa que escreveu, se bem me lembro Sérgio Soerio (gravei por que o sobrenome é diferente, hehe), ele fez uma ótima colocação nessa frase que diz que as flores tem cheiro de morte por que após serem arrancadas gasta pelo "mal defundo", também começam o seu estado de morte, devido ao odor que ela exala.

A dor vai fechar esses cortes.
“A dor vai fechar esses cortes”, confirmaria o fato dele ser um mutilador, ou então os cortes que ele fez nos pulsos, a dor que ele sente (ou seja, a chegada da morte), vai fechar esses cortes, ou os “cortes” podem indicar que os problemas que ele enfrentava que o fez levar a depressão, a dor da morte vai fechar os cortes sofridos em vida.

Flores, Flores, As flores de plástico não morrem
O fato de falar que por serem de plástico, logo ligamos ao artificial, o artificial não morre. Pode ser as flores iniciais na qual representa o que as pessoas pensavam que ele era, ou seja, o “eu artificial” não morre. Vive. Mas ele segue morto, o “eu real”. Enquanto o artificial resiste. Esse é o “eu” que disse que ia comentar, disse isso na segunda frase.

A música se repete por uma vez. O fato da música se repetir, não indica um reforço de uma frase, ou idéia, ou fixação. Nesse caso creio que foi por pura estética musical.

Bom, é isso!

Bjks! Até mais!!!   >3<

3 comentários:

  1. Juju, parabéns pelo blog.
    Agradeço muito pela citação da minha análise naquele site (deixei de freqüentar por falta de tempo e também por atualmente conter muita bobagem e perda de sentido).
    Realmente, a "leitura" que você faz de Flores é semelhante a que eu faço. Não vejo como ser diferente. Trata-se de um poema concreto, especialidade principalmente do Arnaldo Antunes, que claramente demonstra o ponto de vista de um morto, possivelmente suicida.
    Um abraço!
    PS: Colocarei seu blog na lista de favoritos.

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  2. Olá, Juju! Encontrei seu blog pelo site "Análise de letras" e ele me parece bem interessante.
    Muito interessante é também a sua interpretação da letra "Flores". No entanto, não concordo muito. Há mais ou menos um mês, também analisei essa música no meu blog e percebi um sentido diferente nela.
    Acho que ela fala de como é difícil o relacionamento com as pessoas. Se quiser ver minha análise, aqui está o link:
    http://interpretacaopessoal.blogspot.com/2011/08/reflexoes-acerca-das-flores-do-titas.html#more

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  3. Sérgio, valeu pelo elogio! Se possível deixa o link do seu blog/site para que eu possa acompanhá-lo de alguma forma! :D

    Thamirys, claro que irei visitar o seu blog para ver a sua análise! Valeu pelo comentário!

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